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Escuta Terapêutica

A escolha pela atividade de Escuta Terapêutica se deu a partir dos seguintes objetivos:

 

(1) Criar espaços de escuta, acolhimento e orientação que contribuam para diminuir a invisibilidade das dores cotidianas;

(2) Construir redes de solidariedade visando minimizar os efeitos da dificuldade de acesso aos serviços psicológicos pela população;

(3) Oferecer aos alunos do curso de psicologia a possibilidade de apropriação de tecnologias leves de cuidado em saúde mental e de metodologias de pesquisa qualitativa.

Visto que nossa equipe é composta por alunos e professores do curso de psicologia, por consequência, profissionais e futuros profissionais em saúde mental, nicho bastante específico do campo, nossa principal instrumentação se da pela relação práxica entre escuta e fala. Contudo, o que diferencia a escuta qualificada daquela cotidiana realizada pelxs amigxs é sua capacidade contingente, ou seja, a capacidade de identificar, diferenciar, analisar, elaborar, esclarecer, desanuviar, e, por fim, possibilitar o pensamento conjunto e a elaboração de ações, operações, práticas a partir das situações singulares e das capacidades e recursos pessoais, não pela imposição de padrões, receitas ou pilulas mágicas e, sim, pela percepção, intensificação, modificação das maneiras de produção de vida  que a pessoa que é escutada tem vivenciado e qualifica como efetivo, bem como, o fornecimento de informações assertadas que possibilitem o acesso de dispositivos que contribuam a esses objetivos.

Assim, optamos por desenvolver este instrumento em espaços públicos: praças, estações de ônibus, parques e outros espaços coletivos. Cada Estação de Escuta Terapêutica é composta por grupos de 3(três) participantes que ofertam o serviço aos transeuntes em dias, horários e locais pré-fixados. Você pode ter acesso à listagem completa clicando aqui. 

Análise dos Dados

Para que possamos traçar um perfil das situações provocadoras de sofrimento e adoecimento mental da população uberabense e, principalmente, dos mecanismos utilizados para enfrentamento dessas situações, realizamos a análise dos dados coletados a partir da cada escuta realizada. De modo que o processo se dá pelo seguinte:

(1) Realização da escuta mediante apresentação do projeto, prestação de eventuais esclarecimentos e assinatura de termo de ciência e consentimento;

(2) Transcrição anônima dos relatos preservando as características da oralidade;

(3) Comunicação e análise prévia dos relatos pela equipe.

(4) Tabulação dos dados e análise final segundo o método proposto por Laurence Bardin em Análise de Conteúdo, publicado em 2011 pela editora Edições 70.

Como resultado do projeto objetivamos a produção de propostas e ações públicas de enfrentamento, promoção de acesso aos serviços de saúde e aprimoramento dos mecanismos já utilizados pela Rede uberabense. 

Participação em Eventos

A fim de que possamos apresentar os resultados obtidos durante o desenvolvimento do projeto e fomentar discussões participamos de eventos realizados pela comunidade acadêmica e pretendemos a publicação dos resultados finais em periódicos.

No mês de Novembro de 2019 realizaremos a primeira comunicação parcial durante o Seminário de Extensão da Universidade de Uberaba (SEMEX) abordando três temas:

 

(1) FERRAMENTAS DE ENFRENTAMENTO E RESILIÊNCIA EM RELATOS DE VIDA

(2) DIMENSÕES DO VIVER REFERIDAS COMO FONTES DE AUTORREALIZAÇÃO E SATISFAÇÃO

(3) DIMENSÕES DO VIVER RETRATADAS COMO FONTES DE SOFRIMENTO PSICOLÓGICO.

O evento, aberto ao público, será realizado pela Universidade de Uberaba, nos dias 06 e 07 de Novembro de 2019 nas dependências da Universidade de Uberaba em Uberaba-MG. Você pode ter acesso às demais informações sobre o evento clicando aqui. 

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